O novo seriado do Star+ acompanha as desventuras dos vampiros modernos
Se você está procurando algo engraçado e ao mesmo tempo assustador, não se preocupe, What We Do In the Shadows é a sua pedida. A série em forma de documentário (um gênero mais conhecido como mockumentary) sobre quatro vampiros vivendo uma vida mundana em Staten Island chegou ao Star+.
O seriado, criado por Jemaine Clement e Taika Waititi, oferece uma versão absurda das preocupações que os vampiros podem enfrentar em suas (não) vidas cotidianas em 2020. O programa já foi indicado ao Emmy e foi renovado para a terceira temporada.
Se você ainda não a conhece, não se preocupe, mostramos aqui alguns fatos sobre a série para você começá-la um pouco mais inteirado sobre seu universo e bastidores.

1. What We Do In the Shadows começou, na verdade, como um curta-metragem
Muita gente sabe que What We Do In the Shadows é um spin off do filme de 2014 feito por Taika Waititi e Jemaine Clement. No entanto, poucos sabem que o longa é uma expansão de um curta-metragem de 2005 chamado “Entrevistas com Alguns Vampiros”, que estrelou o mesmo elenco principal do longa.
2. Os produtores evitam CGI sempre que possível
What We Do In the Shadows caminha sobre uma linha tênue ao tentar mostrar eventos sobrenaturais enquanto mantém a autenticidade de um documentário. Essa é a razão pela qual os criadores do programa preferem empregar efeitos práticos sempre que possível e porque não há nenhum personagem criado inteiramente a partir de CGI.
"Usamos o filme de Francis Ford Coppola, ‘Dracula de Bram Stoker’, como inspiração porque no longa ele usou diversos efeitos práticos, o que deu autenticidade para a história”, afirmou o produtor executivo Paul Simms.

3. Taika Waititi não tem um papel na série porque odeia se barbear
Fãs do filme What We Do In the Shadows de 2014 se perguntaram por que a série não segue o mesmo grupo de vampiros que encontramos inicialmente: Viago (interpretado por Waititi), Vladislav (Jemaine Clement), Deacon (Jonathan Brugh) e Petyr (Ben Fransham ).
Segundo Waititi, seria difícil explicar porque o grupo todo se mudou para os Estados Unidos. Além disso, ele afirma que um dos motivos foi sua repulsa por se barbear constantemente.
"Não gosto de fazer a barba", disse Waititi a Thrillist. "Eu teria que fazer isso todos os dias. Também não gosto de colocar maquiagem. Não gosto da sensação disso na minha pele. Sei que parece loucura, mas essa foi uma das razões pelas quais eu não quis estar na série".
4. A série segue as regras de vampiro do filme “Os Garotos Perdidos”
Se você quer saber quais são os limites para os vampiros de What We Do In the Shadows como o que acontece se eles forem expostos à luz do dia, se precisam ser convidados para entrar na casa de alguém, ou se odeiam alho, basta assistir ao clássico dos anos 80 “Garotos Perdidos”, de Joel Schumacher.
“Nós usamos as regras para vampiros dos anos 70 e 80, com um pouco dos anos 30”, disse Clement ao IGN. Infelizmente, uma das regras favoritas de Waititi - sobre banir um vampiro de sua aldeia roubando suas meias, enchendo-as com alho e jogando-as no rio - não foi aprovada.

5. Muito da série é improviso
O roteiro de cada episódio de What We Do In the Shadows é o ponto de partida para muita improvisação, que é algo de que os atores se aproveitam ao máximo, seja com uma fala engraçada ou um olhar estranho.
"Essa série me ensinou muito sobre muitas vezes não dizer nada", disse Natasia Demetriou, que interpreta Nadja, ao Collider. "As coisas não dependem de uma pessoa, mas de todos os envolvidos na cena e as reações que temos”.
6. Gravações noturnas
A ironia de filmar personagens que só podem existir à noite é que o elenco e a equipe só podem trabalhar também nessas horas. Como o programa é amplamente improvisado e requer muitas filmagens, isso pode ser um processo exaustivo.
"Tiramos uma soneca o tempo todo", disse Waititi ao The New York Times. "Eu via um sofá e dizia, 'Este é o meu sofá.' Matt Berry também é um grande dorminhoco. Nos sets, experimentávamos as camas e ele vivia dormindo nelas”.
O principal problema com o amor de Waititi e Berry por cochilos, de acordo com Clement, é que nem sempre é fácil encontrar camas no set. "Normalmente, as casas têm quartos com camas. Mas não há camas aqui, o que temos são caixões", disse Clement ao The New York Times. "Não há onde dormir. Então, todo mundo precisa realmente ficar procurando".

7. O “vampiro energético” foi uma desculpa para mais filmagens à luz do dia
Apesar de What We Do in the Shadows seguir muitas regras já estabelecidas da cultura pop, uma forma de inovar o mito do vampiro é com Colin Robinson - o "vampiro energético" de Mark Proksch, que se alimenta da energia vital das pessoas.
A ideia de incluir essa criatura workaholic veio de Clement, que disse ao The Hollywood Reporter que "vampiro de energia" é "um termo que ouvi para descrever pessoas com quem é difícil conversar, e eu definitivamente fui encurralado por essas pessoas em festas. Aquelas pessoas das quais você sente que precisa ser salvo, e quanto mais você fica na conversa, mais difícil é fugir. O que fiz foi levar isso ao nível sobrenatural."
A presença de Colin Robinson também permite mais cenas à luz do dia. "É uma ótima forma de abrir espaço para filmagens durante o dia, porque uma das coisas que nos deixou malucos durante o filme é que as cenas eram à noite e nunca víamos a luz do dia", disse Waititi ao Thrillist. "Você acaba se sentindo como um vampiro de verdade."

8. Mark Proksch é um dos grandes responsáveis pelas falas de Colin Robinson
Proksch abraçou seu papel como o chato de What We Do In the Shadows - e muito do diálogo do personagem é cortesia do ator. "Temos tanto material com ele que não conseguimos encaixar”, disse Clement ao The Hollywood Reporter. "Às vezes nem precisamos escrever as falas dele, só pedimos para ele ser chato. E ele consegue, porque é um cara muito engraçado”.
9. A série tem uma das maiores reuniões de vampiros já vistas
O episódio "The Trial", da 1ª temporada de What We Do in the Shadows, é um momento glorioso e repleto de participações especiais com uma linha de atores que já interpretaram vampiros icônicos na TV e no cinema.
Tilda Swinton (Only Lovers Left Alive), Evan Rachel Wood (True Blood), Danny Trejo (From Dusk at Dawn) e Paul Reubens (Buffy the Vampire Slayer) estão entre as estrelas convidadas do episódio - todos eles compõem o Conselho Vampírico, que decide o destino de seus companheiros sanguessugas. Wesley Snipes também intervém via Skype, interpretando seu personagem Daywalker dos filmes do Blade (e é até acusado de ser um caçador de vampiros).

10. Cate Blanchett queria fazer uma participação em What We Do In the Shadows
Enquanto se preparavam para "The Trial", Waititi e Clement lançaram uma lista dos sonhos de atores que queriam convencer a fazer participações especiais, sem realmente acreditar que conseguiriam que algum deles dissesse sim.
De alguma forma, o nome de Cate Blanchett acabou na lista e ela aparentemente estava disposta a se envolver. Mas Waititi e Clement só queriam atores que fizeram vampiros conhecidos da cultura pop, então tiveram que dizer não. De acordo com Waititi, ele teve que dizer a ela que “você não pode, porque você não foi um vampiro. Essas são as regras!"
11. A série nos lembra que vampiros também são seres humanos
A parte engraçada de What We Do In the Shadows é óbvia, mas sua profundidade é um pouco mais sutil. A série mostra pessoas que são tão velhas que estão absolutamente entediadas. Além disso, vampiros são humanos com poderes, o que acaba por exagerar suas características mais humanas em vez de atenuá-las.
"Os humanos são tão estúpidos, chatos e preguiçosos que, dado o dom da imortalidade, você nunca faria nada", disse Waititi ao The New York Times. "Você simplesmente adiaria tudo. Pessoas que estão vivas há 5 mil anos pensariam: 'Eu tenho uma eternidade para aprender a tocar violino. Por que começar agora?'”.