As duas atrizes interpretam as repórteres que investigaram na vida real o caso do terrível criminoso. Atenção: o conteúdo a seguir contém spoilers!
O novo filme de suspense que estreou com exclusividade no Star+, O Estrangulador de Boston, traz a assustadora história real de um dos assassinos em série mais conhecidos dos Estados Unidos.
O Estrangulador de Boston traz as atrizes Keira Knightley e Carrie Coon nos papéis principais como duas jornalistas intrépidas que assumem a missão de descobrir quem é o terrível serial killer e trazer a segurança para as mulheres da cidade.
Dirigido e escrito por Matt Ruskin, o longa dá destaque a duas figuras femininas importantes para a investigação do caso durante os anos 1960, quando o assassino estava em atividade em Boston, nos Estados Unidos.
Para entender melhor quem foi o “Estrangulador de Boston” e as duas jornalistas que lideram o filme, confira os fatos reais do caso que abalou a cidade norte-americana e inspirou o novo filme de suspense:
Quem foi o Estrangulador de Boston?
O assassino, que ganhou o apelido de “estrangulador de Boston”, foi um criminoso que assassinou pelo menos 11 mulheres na cidade norte-americana durante os anos de 1962 a 1964.
A maioria das vítimas foi agredida sexualmente e estrangulada com as peças de roupa que vestiam na ocasião, principalmente meias de náilon.
Quais eram os alvos do assassino?
A primeira vítima, uma mulher de 55 anos, foi abusada sexualmente e estrangulada em seu apartamento, que também foi saqueado, em 14 de junho de 1962.
Durante os meses seguintes, várias outras mulheres, com idades entre 65 e 85 anos, foram assassinadas em circunstâncias semelhantes. O chefe de polícia de Boston transferiu quase todos os recursos de seu departamento para a busca pelo chamado “assassino de mães”.
Só que em dezembro desse mesmo ano, uma jovem foi morta e três semanas depois, uma mulher de 23 anos foi encontrada estrangulada. As vítimas subsequentes incluíram mulheres de várias idades.

O Estrangulador de Boston foi descoberto?
No final de 1964, Albert DeSalvo, um operário de fábrica e veterano militar foi preso por várias acusações de agressão, roubo e crimes sexuais. Enquanto estava na prisão, DeSalvo confessou a autoria dos crimes, mas sua confissão causou ceticismo entre os investigadores.
Além de DeSalvo não estar na lista de mais de 300 suspeitos da polícia na época, ele também não correspondia com a descrição física que várias testemunhas fizeram do criminoso.
Em 1967, DeSalvo foi condenado à prisão perpétua em uma prisão de segurança máxima por uma série de assaltos à mão armada e agressões sexuais.
Durante o julgamento, ele pronunciou sua confissão dos assassinatos mais uma vez, mas não viveu o suficiente para ser oficialmente condenado por eles, já que foi esfaqueado e morto em sua cela por outro preso, em 1973.
Dúvidas sobre a autoria dos crimes
Por muitos anos, a responsabilidade de DeSalvo pelos crimes continuou sendo alvo de dúvidas. Suas confissões originais, por exemplo, demonstraram desconhecimento de muitos aspectos dos crimes.
Embora mais tarde ele descrevesse detalhes que apenas o verdadeiro assassino poderia saber, seu testemunho, de acordo com alguns investigadores, poderia ter sido baseado em informações fornecidas a ele pela polícia.
Além disso, várias vítimas que sobreviveram não acreditaram que ele fosse o agressor.
A resolução tardia sobre os casos do Estrangulador de Boston
Em 2001, a análise de DNA de evidências forenses recém-descobertas ofereceu a possibilidade de determinar se DeSalvo era culpado do estupro e assassinato de Mary Sullivan, a última vítima comumente atribuída ao Estrangulador de Boston.
Embora os testes realizados tenham sugerido que DeSalvo não era o responsável pelo crime, a análise de DNA de seus restos mortais exumados em 2013 provou, segundo os investigadores, que ele havia de fato estuprado e assassinado Sullivan.
Martha Coakley, a então procuradora-geral de Massachusetts, disse: “Isso não deixa dúvidas de que Albert DeSalvo foi responsável pelo brutal assassinato de Mary Sullivan e, muito provavelmente, que ele foi responsável pelos horríveis assassinatos das outras mulheres que ele confessou ter matado”.
Apesar do avanço de uma década atrás, o caso completo pode nunca ser resolvido. DNA semelhante não foi recuperado das cenas dos outros assassinatos, o que significa que não há provas conclusivas de que DeSalvo foi o responsável por todas as mortes.

Quem foram Loretta McLaughlin e Jean Cole?
As jornalistas Loretta McLaughlin (interpretada por Keira Knightley no filme) e Jean Cole (Carrie Coon), cobriram a história para o jornal americano Boston Record, e são as protagonistas do filme O Estrangulador de Boston.
A dupla existiu de verdade e lutou contra o sexismo da polícia e de seus colegas para descobrir a verdade sobre os assassinatos.
O diretor e roteirista do filme, Matt Ruskin, que cresceu em Boston, disse à revista norte-americana Empire: "Sempre adorei histórias de jornalismo e, ao pesquisar o caso, descobri essas duas repórteres, começando por Loretta McLaughlin, a primeira jornalista a conectar os assassinatos, e em sua reportagem foi ela quem cunhou o termo Estrangulador de Boston”.
"Foi uma história realmente monumental para ela em sua carreira no início dos anos 1960. Loretta era uma repórter muito ambiciosa em um campo dominado por homens e este foi um verdadeiro ponto de virada para ela”, explicou Matt.
Ao ler sobre Loretta e sua colega Jean Cole, Ruskin descobriu que a neta de Cole era uma velha amiga dele. McLaughlin morreu aos 90 anos em 2018, e Cole morreu aos 89 anos, em 2015, mas o filme tem a aprovação de ambas as famílias, disse o roteirista.
Ruskin diz que os parentes dos jornalistas o receberam "de braços abertos" enquanto ele pesquisava os casos de assassinato, compartilhando recortes de imprensa e fotos antigas com ele.
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