Conheça uma das personagens principais do famoso escândalo envolvendo o ex-presidente dos Estados Unidos nos anos 1990 e que é retratado na terceira temporada de American Crime Story, disponível no Star+.
A série American Crime Story: Impeachment, que é a terceira temporada da famosa série baseada em crimes reais, criada por Scott Alexander e Larry Karaszewski e produzida por Ryan Murphy, já está com todos os episódios disponíveis no Star+.
A produção se baseia em um dos fatos mais importantes e polêmicos da política dos Estados Unidos: o escândalo que envolveu o então presidente Bill Clinton (interpretado por Clive Owen) e a estagiária da Casa Branca, Monica Lewinsky (Beanie Feldstein).
Com um roteiro bem fiel aos acontecimentos deste caso históricos, é possível ver como a trama se desencadeia até culminar no processo de Impeachment de Bill Clinton e quem foram as pessoas essenciais para a investigação do ex-presidente. Entre elas está Paula Jones.
Saiba quem é Paula Jones e qual era sua relação com Bill Clinton retratada em American Crime Story, Impeachment:

American Crime Story, Impeachment: quem é Paula Jones?
Logo no primeiro episódio de American Crime Story: Impeachment Paula Jones (vivida pela atriz Annaleigh Ashford) é apresentada ao público já em 1994 e morando na Califórnia. Mas a história dela se cruza com a do ex-presidente Bill Clinton anos antes.
Paula Corbin Jones nasceu em 17 de setembro de 1966, em Lonoke, no estado de Arkansas. Ela estudou secretariado e conseguiu um emprego no governo estadual, na Comissão de Desenvolvimento Industrial de Arkansas em março de 1991.
Foi neste período que ela participou da Conferência Anual de Qualidade do Governo Estadual, que aconteceu no Hotel Excelsior em Little Rock, Arkansas, em maio de 1991, e contou com a presença do então Governador de Arkansas Bill Clinton.

American Crime Story, Impeachment: qual era a relação de Paula Jones e Bill Clinton?
Paula Jones foi a primeira mulher a entrar com um processo contra o ex-presidente Bill Clinton, em 1994, alegando ter sofrido assédio sexual por parte dele durante a Conferêcia ocorrida no Hotel Excelsior, em Arkansas, em 1991.
No processo civil, Paula Jones deu detalhes do fato: disse que Clinton a assediou sexualmente dentro de um quarto do hotel, enquanto acontecia a Conferência de Little Rock. Ainda de acordo com ela, Bill Clinton a difamou, posteriormente, quando ela expôs o caso em público. O político negou as alegações de Jones.
Como parte do processo de Paula Jones contra Clinton, seus advogados pretendiam apresentar um padrão de comportamento de Bill Clinton quando ele era governador de Arkansas, sugerindo que o político havia se envolvido sexualmente com várias funcionárias enquanto estava no cargo.
Em agosto de 1995, os advogados de Clinton apresentaram uma moção para rejeitar o processo de Paula Jones, pois o ex-governador já tinha imunidade presidencial. Foi decidido, então, que Clinton não poderia ser julgado até deixar o cargo de presidente, mas que a investigação poderia prosseguir.
Paula apelou da decisão e em 1996 ganhou o direito de prosseguir com o julgamento na Suprema Corte. Clinton, então, apresentou um pedido para adiar o julgamento até que ele deixasse a presidência. O momento da decisão coincidiu com a reeleição presidencial de novembro de 1996 e deu a Clinton um adiamento.
O processo civil de Paula Jones foi o estopim para iniciar uma investigação federal de proporções muito maiores e que descobriu, posteriormente, o envolvimento de Bill Clinton com Monica Lewinsky – ocasionando o processo de Impeachment do presidente, que acabou absolvido das acusações em dezembro de 1998.