A 3ª temporada de American Crime Story já está disponível no Star+. Vale a pena entender os relacionamentos entre alguns personagens importantes no escândalo que envolveu o ex-presidente Bill Clinton.
A nova temporada de American Crime Story, a famosa série baseada em crimes reais criada por Scott Alexander e Larry Karaszewski e produzida por Ryan Murphy está com todos os episódios já disponíveis no Star+.
Em sua 3ª temporada, chamada American Crime Story: Impeachment, a produção conta o que aconteceu em um dos mais importantes fatos da política recente dos Estados Unidos: o escândalo entre o então presidente Bill Clinton (Clive Owen na série) e a estagiária Monica Lewinsky (interpretada por Beanie Feldstein).
Há mais personagens reais envolvidos nesse escândalo – além dos dois principais – já que outras pessoas foram essenciais para os esclarecimentos dos fatos que chocaram o mundo nos anos 1990. Entre elas, está Linda Tripp, vivida pela atriz Sarah Paulson na série, e que foi uma amiga próxima de Monica Lewinsky na época.
Saiba um pouco sobre a relação de amizade entre Linda Tripp e Monica Lewinsky, que foi decisiva para os fatos se tornarem públicos e como as duas lidaram com o desenvolvimento da investigação.

American Crime Story, Impeachment: a amizade de Linda Tripp e Monica Lewinsky
Linda Tripp era uma funcionária pública de carreira, que já tinha trabalhado como secretária de militares antes de conseguir um emprego na Casa Branca durante o mandato de George W. Bush. Ela seguiu trabalhando por lá durante a presidência de Bill Clinton.
Foi desta maneira que Linda conheceu Monica e as duas logo se aproximaram, apesar dos 24 anos de diferença entre elas. Pouco depois, Linda foi transferida para o escritório de relações públicas do Pentágono.
Com o tempo de amizade, Lewinsky começou a compartilhar com Linda detalhes íntimos sobre os encontros que teve com o presidente Bill Clinton.
Lewinsky se abriu com Tripp pela primeira vez sobre os flertes do presidente em 1996, e continuou a contar detalhes em vários telefonemas entre elas.
Linda teria, então, procurado a agente literária Lucianne Goldberg (Margo Martindale) – como mostra a série do Star+ – para falar sobre as conversas, na esperança de usá-las como parte de um futuro livro, que nunca chegou a ser escrito.
Como mostrado na série, foi Goldberg que a encorajou a gravar as conversas com Lewinsky – dizendo que, desta forma, Linda Tripp se protegeria de qualquer alegação de mentira caso a história viesse a público. Foi assim que, de acordo com a série, ela começou a gravar as conversas a partir do ano de 1997.

American Crime Story, Impeachment: Linda Tripp foi essencial na investigação
Linda começou a gravar suas conversas com Lewinsky em meio à investigação do promotor Kenneth Starr sobre a conduta de Clinton. Isso porque outra ex-funcionária da Casa Branca já havia denunciado o presidente por assédio sexual – Paula Jones (Annaleigh Ashford).
Durante as conversas, Linda convenceu a amiga de trabalho a preservar um vestido azul que Monica disse ter usado com Clinton quando tiveram uma relação sexual. Vale lembrar que Bill Clinton era casado com Hillary Clinton (interpretada por Edie Falco na série) desde 1975.
Tripp compartilhou com o promotor Starr o que sabia sobre o envolvimento do presidente com a estagiária e entregou cerca de 22 horas de conversas telefônicas gravadas (ilegalmente, sem o consentimento de Monica) aos investigadores.
O promotor usou as informações obtidas nas gravações de Linda para acusar formalmente o então presidente. A investigação levou Bill Clinton a enfrentar, em 19 de dezembro de 1998, um julgamento de impeachment promovido por membros do Congresso norte-americano. O presidente, no entanto, foi absolvido de todas as acusações.

American Crime Story, Impeachment: como Monica reagiu às ações de Linda
Após os fatos se tornarem públicos, Lewinsky ficou furiosa com Linda Tripp, a quem ela considerava uma amiga e confidente. Ao prestar seu testemunho durante a investigação de Impeachment de Clinton, Lewinsky afirmou que odiava Tripp.
Já Linda Tripp sempre negou ser uma figura materna para Monica e nunca disse ter se arrependido de ter exposto o fato. Durante um discurso no Dia Nacional do Denunciante de Capitol Hill, em 2018, ela disse que seu único arrependimento era “não ter tido coragem de fazer isso mais cedo”.
Linda Tripp faleceu aos 70 anos de idade, vítima de câncer no pâncreas, em 8 de abril de 2020. Dias antes, Monica Lewinsky colocou as diferenças entre elas de lado para desejar publicamente, via redes sociais, melhoras para sua ex-amiga: “Não importa o passado, ao ouvir que Linda Tripp está muito gravemente doente, espero sua recuperação”.
Acompanhe todos os bastidores dessa história real e seus personagens em American Crime Story: Impeachment e que está disponível no Star+.