Na 3ª temporada de American Crime Story, disponível no Star+, o foco é o famoso escândalo envolvendo o ex-presidente dos Estados Unidos nos anos 1990. Veja algumas evidências que pesaram contra Bill Clinton.
Criada por Scott Alexander e Larry Karaszewski, American Crime Story: Impeachment é a 3ª temporada da famosa série sobre crimes reais, disponível no Star+. A produção traz um dos acontecimentos que abalaram a política norte-americana com o escândalo envolvendo o então presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton (Clive Owen).
A temporada apresenta as investigações e os processos que Bill Clinton sofreu por causa das acusações de assédio sexual e da relação extraconjugal que manteve com a estagiária da Casa Branca, Monica Lewinsky (Beanie Feldstein). Esses fatores o levaram a enfrentar um Impeachment.
A série retrata, com fidelidade, a cadeia de fatos deste caso histórico dos anos 1990. Bill Clinton enfrentou processos civis e também um processo de impedimento passado no Senado norte-americano, no qual foi acusado de perjúrio e obstrução de Justiça.
Veja seis evidências contra Bill Clinton que surgiram na época do escândalo Lewinsky:
1.Gravações feitas pelo FBI com relatos de Monica Lewinsky sobre seu envolvimento com Bill Clinton
Como mostra em American Crime Story: Impeachment, a primeira mulher a denunciar Bill Clinton foi Paula Jones (na série, interpretada por Annaleigh Ashford), que o acusou de assédio sexual quando Clinton ainda era governador do estado do Arkansas, em 1991.
O processo aberto contra o ex-presidente, em 1994, iniciou uma investigação federal de proporções maiores, chegando ao envolvimento de Clinton com Monica Lewinsky.
Essa investigação gerou outro processo civil com provas concretas. Sob ordens do promotor Kenneth Starr – que usou a proximidade entre Linda e Monica para conseguir provas – uma gravação por escuta foi obtida através das confissões de Monica para Linda Tripp (papel de Sarah Paulson na série).
As gravações foram feitas no hotel Ritz, em Washington, e tratavam especificamente sobre os encontros sexuais dela com o presidente.
2.Bill Clinton cometeu perjúrio várias vezes, mesmo sob juramento em processo civil
No processo civil do caso Lewinsky, Bill Clinton mentiu sob juramento quando inicialmente negou ter tido relações sexuais com Monica Lewinsky. Ele também mentiu à corte ao dizer que nunca havia ficado sozinho com a estagiária em seu gabinete e nem trocado presentes com ela.
Esses fatos foram comprovados pela investigação comandada por Kenneth Starr, o que o levou à acusação em processos civis e, posteriormente, ao processo de Impeachment.
3. Bill Clinton obstruiu a Justiça no caso Lewinsky
O ex-presidente Clinton tentou obstruir a Justiça ajudando Monica Lewinsky a conseguir um emprego em Nova York. Isso passou justamente na época em que ela seria uma testemunha prejudicial para ele se contasse a verdade no caso Paula Jones.
4. Bill Clinton tentou influenciar o depoimento de sua secretária no processo do caso Lewinsky
No processo civil contra ele, o canal de TV norte-americano CNN reportou que o ex-presidente tentou adulterar, por meio de corrupção, o depoimento de uma testemunha em potencial. Tratava-se da declaração de sua secretária pessoal, Betty Currie (Rae Dawn Chong na série), nos dias após seu depoimento civil.
5. Bill Clinton negou testemunhar por sete meses seguidos
O presidente Clinton obstruiu a Justiça durante a investigação já durante o processo no Grande Júri, segundo o que foi esclarecido e retratado em matérias da CNN norte-americana e da revista Time.
Isso porque Clinton recusou-se a testemunhar por sete meses, manipulando informações dadas a altos assessores da Casa Branca, que deram declarações falsas do presidente ao Júri em seus depoimentos.
6. Bill Clinton abusou de sua autoridade constitucional
O então presidente Bill Clinton abusou de sua autoridade constitucional ao mentir publicamente e para o Congresso, em janeiro de 1998, sobre seu relacionamento com Monica Lewinsky, ainda que estivesse prometendo cooperar plenamente com a investigação do grande júri.
Posteriormente, Clinton recusou seis convites para testemunhar voluntariamente ao Grande Júri e invocou o Privilégio Executivo por ser presidente. Mesmo após tentar evitar a evolução do caso no âmbito político, foi aberta uma investigação no Congresso e um processo de Impeachment contra ele.
Em 19 de dezembro de 1998, o ex-presidente norte americano passou pelo julgamento de Impeachment no Congresso dos Estados Unidos. Clinton, no entanto, foi absolvido de todas as acusações de perjúrio e obstrução de justiça. O julgamento é retratado no último episódio da série.
