Conheça a história real de um crime investigado na nova série do Star+, Em Nome do Céu, estrelada por Andrew Garfield. Atenção: o conteúdo a seguir contém spoilers!
Uma nova série que reúne suspense, dúvidas, religião, investigação e um crime brutal, chega nesta quarta-feira, dia 10 de agosto, com exclusividade ao Star+.
Trata-se de Em Nome do Céu, uma trama instigante protagonizada por Andrew Garfield, que concorre ao Emmy® 2022 de Melhor Ator de Drama por sua atuação na produção.
O drama de true crime é baseado em um livro de não-ficção que conta uma história real ocorrida nos anos 1980, nos Estados Unidos, e acompanha o personagem fictício, o detetive Jeb Pyre (Andrew Garfield) que tem a própria fé testada ao investigar um assassinato bárbaro.
Saiba mais sobre o crime arrepiante que inspirou a série Em Nome do Céu:

1. O livro que contou ao mundo o crime
Lançado em 2003, o livro de não-ficção de Jon Krakauer chamado “Under the Banner of Heaven: A Story of a Violent Faith” (em tradução livre, “Pela Bandeira do Paraíso: Uma história de fé e violência”), logo virou best-seller e trouxe muita polêmica ao retratar a história de um terrível crime acontecido em 1984, em Utah, Estados Unidos.
A história narra como dois irmãos, Ron e Dan Lafferty (interpretados na série por Sam Worthington e Wyatt Russell, respectivamente), que ao cometerem um crime bárbaro (duplo assassinato), alegam que Deus ordenava a "remoção" das duas vítimas, distorcendo conceitos da religião mórmon, da qual eram praticantes.

2. A relação com a religião
Os dois irmãos mataram a cunhada, Brenda Wright Lafferty, de 24 anos, e a filha dela, de apenas 15 meses. Apesar das aparências, inicialmente levarem a crer de que se tratava de um crime de violência doméstica, mas o acontecimento pode se conectar com uma conspiração envolvendo os religiosos de uma cidade pacata.
A família fazia parte da comunidade da religião mórmon, da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, que estava em seus primeiros anos de formação na época.
Os homens da família Lafferty acabaram fundando um pequeno grupo dissidente chamado Escola de Profetas, que acreditava em crenças mais antigas dos mórmons, de origem fundamentalista.

3. Quem era a vítima: Brenda Lafferty
Brenda Wright Lafferty era uma jovem de 24 anos quando foi brutalmente assassinada. Ela cresceu em uma família de religiosos mórmons um pouco mais progressistas, e viveu em diferentes estados do país. Chegou a ganhar um concurso de miss, no estado do Idaho, e sonhava em ser jornalista.
Durante a faculdade, trabalhou como âncora de um pequeno programa de TV e lá conheceu seu futuro marido: Allen Lafferty (Billy Howle), com quem se casou em 1981. Eles tiveram sua única filha em 1983, 15 meses antes das duas serem assassinadas pelos irmãos de Allen.

4. O crime e os assassinos
Ron e Dan Lafferty eram irmãos de Allen, marido de Brenda. Toda a família seguia fielmente a religião mórmon e levavam uma vida tranquila, até problemas internos de dinheiro e de disputa pelo comando patriarcal do clã Lafferty revelarem o lado violento dos irmãos.
O crime é descoberto quando Allen encontra a mulher, Brenda, caída no chão da cozinha de casa com a garganta cortada – isso depois de ter sido sufocada com o fio do aspirador de pó.
No quarto da filha, também foi encontrada a bebê de 15 meses do casal, morta com vários ferimentos a faca. Algum tempo depois, a investigação descobriu que as duas foram mortas pelos irmãos mais velhos de Allen.
Na trama da série, o detetive ficcional Jeb Pyre é designado a investigar o crime. Ele também seguia a religião mórmom e conhecia as vítimas. Ao se confrontar com os fatos do assassinato e a motivação dos criminosos, ele acaba testando sua própria fé e a crença nos preceitos de sua igreja.
Os assassinos alegaram que decidiram matar Brenda depois que Ron disse ter tido uma “revelação divina" que o colocava como novo grande líder da fé mómon. Para isso, ele e o irmão deveriam praticar a chamada “remoção” de quem ameaçava a religião, começando com quem estava mais próximo e interferindo em seus objetivos.
Brenda era essa pessoa, já que exercia influência sobre o marido e sobre as outras esposas da família Lafferty. Por isso, os dois foram até sua casa para matá-la, e mantinham uma lista com outros nomes que também deveriam ser “removidos” desse mundo com derramamento de sangue.
Ron e Don criaram um grupo de mórmons fundamentalistas que praticava a poligamia e, por não concordar, a esposa de Ron se separou dele – fato pelo qual Brenda, na visão dos assassinos, era a responsável.

5. O que aconteceu depois do brutal assassinato
A série mostra toda a caçada para encontrar os criminosos. Ron e Dan acabaram presos e seguiram afirmando que receberam uma ordem divina para cometer os assassinatos. Dan foi condenado à prisão perpétua e segue na cadeia. Já Ron, tentou suicídio na prisão, em 1984, mas não morreu e teve danos psicológicos.
Ron foi sentenciado à pena de morte, mas depois de várias apelações, morreu na prisão, em 2019, de causas naturais, antes de ter sua sentença de morte efetivada.
Assista a Em Nome do Céu no Star+
Confira todos os detalhes dessa arrepiante história real de um famoso crime brutal dos Estados Unidos, que mistura suspense, drama e questionamentos importantes.
A série traz uma reflexão oportuna também nos tempos atuais, quando a religião é utilizada para justificar a violência, o terrorismo e ações extremistas.
Acompanhe a grande interpretação de Andrew Garfield ao longo dos sete episódios de Em Nome do Céu, com exclusividade no Star+ a partir de 10 de agosto!
